"Sim, menino! Isso mesmo. Tem uma festa acontecendo bem aqui, porque estou dançando ao som da música que nasce da minha loucura. É por isso que, toda vez que ando pela rua, meus quadris balançam de um lado para o outro, porque estou dançando ao som da MINHA loucura! E todo esse tempo achei que tínhamos desistido de nossos tambores. Mas eles ainda estão aqui. Eles estão aqui. No meu jeito de andar, no meu vestido, no meu estilo, no meu sorriso e nos meus olhos. Estão dentro de mim, me conectando a tudo e a todos que já existiram".
Este texto muito me intrigou...ainda não vi as recomendações, quero ver todas com calma porque parecem muito interessantes. O texto mexeu comigo em um lugar de compartilhamento mas também de indignação. Me deu vontade de comentar que, artistas ou não, somos todos um pouco loucos.
Mas por outro lado, ser um louco diagnosticado, sentir o preconceito disso na própria pele, estar em uma internação real (onde, não, você não pode escolher o que quer ser. É um local de prisão do corpo e entorpecimento da mente)...tudo isso, que eu enquanto artista sei o que é ser me faz refletir sobre como respeitar o local de fala mas ainda sim haver liberdade de fala no local da arte (pois sim, essa liberdade é altamente necessária). Bom, coloquei algumas reflexões para fora. Dito isso, gosto muito da sua escrita, é apenas o segundo texto que leio...e pretendo continuar acompanhando.
Vou me despedir com um Axé (e nunca tive contato com as religiões africanas)...escolhi me despedir assim apenas porque sou artista e louca.
Esse seu texto me lembrou Nise da Silveira, uma psiquiatra revolucionária que acreditava na arte como forma de cura, canalização, ressocialização e afeto. Talvez não queiramos, de fato, ser submetidos a certos esteriótipos da loucura, mas legitimar passos tortos e "fora do padrão".
"Estou dançando ao som da minha loucura!"
Este texto muito me intrigou...ainda não vi as recomendações, quero ver todas com calma porque parecem muito interessantes. O texto mexeu comigo em um lugar de compartilhamento mas também de indignação. Me deu vontade de comentar que, artistas ou não, somos todos um pouco loucos.
Mas por outro lado, ser um louco diagnosticado, sentir o preconceito disso na própria pele, estar em uma internação real (onde, não, você não pode escolher o que quer ser. É um local de prisão do corpo e entorpecimento da mente)...tudo isso, que eu enquanto artista sei o que é ser me faz refletir sobre como respeitar o local de fala mas ainda sim haver liberdade de fala no local da arte (pois sim, essa liberdade é altamente necessária). Bom, coloquei algumas reflexões para fora. Dito isso, gosto muito da sua escrita, é apenas o segundo texto que leio...e pretendo continuar acompanhando.
Vou me despedir com um Axé (e nunca tive contato com as religiões africanas)...escolhi me despedir assim apenas porque sou artista e louca.
Vinícius, bom dia!
Esse seu texto me lembrou Nise da Silveira, uma psiquiatra revolucionária que acreditava na arte como forma de cura, canalização, ressocialização e afeto. Talvez não queiramos, de fato, ser submetidos a certos esteriótipos da loucura, mas legitimar passos tortos e "fora do padrão".
Acredito na arte como forma de lastro.
Boa sexta!