“Elas não se veem a si mesmas, mas se pudessem, se realmente existisse a possibilidade de desdobramento e pudessem se ver, sentadas nesses sofás tão brancos, cercadas de tanto luxo, devorando a mulher que cumprimentam tão carinhosamente no supermercado, o melhor amigo do marido, o coleguinha do colégio dos filhos que não se comporta como um homenzinho, cortariam a própria língua (teriam de fazê-lo) e depois a colocariam para secar como o cacau e a pendurariam no pescoço: um pingente, uma lembrança da própria podridão. Mas as coisas continuam iguais. As pessoas não são capazes de ver a si mesmas e esse é o princípio de todos os horrores”.
"Elas não veem a si mesmas"
"Elas não veem a si mesmas"
"Elas não veem a si mesmas"
“Elas não se veem a si mesmas, mas se pudessem, se realmente existisse a possibilidade de desdobramento e pudessem se ver, sentadas nesses sofás tão brancos, cercadas de tanto luxo, devorando a mulher que cumprimentam tão carinhosamente no supermercado, o melhor amigo do marido, o coleguinha do colégio dos filhos que não se comporta como um homenzinho, cortariam a própria língua (teriam de fazê-lo) e depois a colocariam para secar como o cacau e a pendurariam no pescoço: um pingente, uma lembrança da própria podridão. Mas as coisas continuam iguais. As pessoas não são capazes de ver a si mesmas e esse é o princípio de todos os horrores”.