"Um dia virá em que todo meu movimento será criação"
"Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, […] eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!
{Clarice Lispector, em ‘Perto do coração selvagem’}
Esse é um dos trechos da Clarice que eu sei de cor. Que eu repito como oração. Especialmente quando preciso me lembrar de que eu não sou uma vítima do que acontece, dos outros, do sistema. Quando preciso me lembrar de que eu tenho algum poder. O poder de escolher e agir e criar.
Como é fácil nos deixarmos convencer do contrário, não? De que não temos alternativas, de que estamos sem escolhas, de que se esgotaram as opções. Parecemos prisioneiros. Dos ponteiros, dos chefes, dos relacionamentos, das obrigações.
E não somos.
Ou melhor: podemos escolher não ser.
🤔 Para entender melhor o que eu quis dizer aqui hoje, veja também o que eu disse lá no Insta.
🤯 Aqui tem um vídeo com uma análise incrível de dois contos que ampliam nosso olhar para o fato de que estamos escolhendo o tempo todo.
💃 Este clipe aqui SEMPRE me faz pensar MUITO. Afinal, nossa vida muda nosso jeito de ver as coisas ou nosso jeito de ver as coisas muda a nossa vida?