"Quem nos rouba os sonhos rouba-nos a vida"
"Somos desfeitos pela verdade. A vida é um sonho. É o despertar que nos mata. Quem nos rouba os sonhos rouba-nos a vida".
{Virginia Woolf, em ‘Orlando’}
Na sexta-feira passada fui chamado de brega. Culpa minha. Falei de amor. Hoje, venho com isso de “sonhos”, só para confirmar o veredito. Só para parecer um coach de autoajuda barata. Barata não, aliás. De graça mesmo.
Mas não é isso. Juro. É que às vezes não dá pra escapar dos temas que me consomem. Como esse. Quando eu falo de sonho aqui, não quero ir para o “acredite em você”. Quero mostrar, na prática, como essa frase de Orlando é verdadeira.
Para isso, vou recorrer a outra citação, dessa vez de um filme, o incrível (e/ou péssimo, não sei ainda) Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo:
Cada rejeição e cada decepção te trouxe até aqui. Até esse momento. […] Você subestima como as pequenas decisões podem criar diferenças significativas durante uma vida.
É isso. Cada sonho que tivemos, cada objetivo, cada meta, cada inspiração foi um impulso para irmos além. Conquistá-los ou não, não importa agora. O que importa é o quanto nos movemos.
Ao mesmo tempo, todas as vezes em que um sonho nos foi tirado, um “não” foi dito, todas as vezes em que acreditamos no “isso é impossível para você!”, paramos, perdemos tempo, regredimos até.
Aonde teríamos chegado se não tivéssemos parado tantas vezes pelo caminho? Se não tivéssemos carregado tantas dúvidas, decepções, inseguranças, medos?!
“Quem nos rouba os sonhos rouba-nos a vida".
Não é uma frase de efeito. Não é uma metáfora. É uma conclusão prática.
Porque todas as vezes em que deixamos de acreditar, deixamos também de nos mover. Enquanto juntamos os cacos ou lambemos as feridas, a vida passa. As oportunidades se vão, nossa garra, nossa vontade, nosso desejo por mais, morrem. Roubarem os nossos sonhos é, assim, roubarem a nossa vida.
Acredite, eu sei bem disso. Já passei muito tempo cético aqui, sem sonhar. Querendo ser sério, realista, niilista até, só consegui ser chato e blasé.
Hoje, prefiro ser brega mesmo. Acreditar em coisas como o amor e os sonhos.
Se são eles que vão me mover, que assim seja. Parado eu não quero estar.
📻 Gostei demais dessa explicação sobre a música. Não é muito diferente com a escrita. E com a vida, aliás (só para ser mais coach ainda!)
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✨ Para finalizar esse papo dos sonhos, entender isso é TUDO.