“Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência”.
{Caio Fernando Abreu, em 'Contos completos'}
A maturidade traz isso. Um pouco de calma. Um pouco da certeza de que, não importa o que seja, vai passar. Já passou antes.
Olhando para trás, a gente percebe que já resistiu a tanta coisa, já viveu, já sentiu, já sofreu. Algumas cicatrizes seguem aí para provar. Mas se elas mostram que algo nos machucou, também mostram que feridas se curam.
De tanto observar, a gente passa a entender o processo todo. Passa a se conhecer e a conhecer melhor as pessoas. A gente já consegue identificar o que nos tira do sério, o que nos irrita. E, também, quais brigas valem a pena e quais não.
De tanto viver, a gente sossega um pouco o ego. A gente já não responde mais a todas as provocações, já não se derrama por qualquer coisa, já não bate a porta do quarto toda hora.
De tanto viver, a gente aprende a conviver. Com os dramas, com os machucados, conosco.
🧣 A vida é complicada às vezes, mas ela também pode ser linda. Para provar isso, fica o convite para você conhecer esta série.
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🍃 E para nos tirar de pensamentos circulares, nada como vídeos assim. Eu posso ficar horas assistindo, sem pensar em dramas. Se as pessoas são capazes de coisas assim, são capazes de muito mais. Confie.