“— Eu sei desenhar. Mas o que eles querem, acima de qualquer outra coisa, é que a pessoa seja capaz de falar sobre desenhar. Não sei se sou muito boa nisso.
— Já faz algum tempo que as artes visuais deixaram de ter a ver com a criação de alguma coisa. Agora é tudo uma questão de falar. O discurso é o que você cria".
{Lionel Shriver, em A família Mandible: 2029 - 2047}
Nada estranho que num romance sobre a ruína do estilo de vida contemporâneo, o que mais tenha me marcado seja uma frase sobre a arte e seu discurso.
Desde que Marcel Duchamp apresentou uma latrina nos salões de Paris e a chamou de Arte, tudo ficou mesmo meio borrado.
Afinal, o que pode ser considerado arte hoje em dia?
Quais são os limites para a provocação?
O que importa mais, a produção ou o que se diz sobre ela?
Como separar a obra de seu conceito ou contexto?
🪟 Você sabia que existe um Museu Digital do Isolamento? E que ele conta, inclusive, com uma iniciativa voltada a professores que queiram usar as obras em aula?!
🖥 Se você também é do tipo que questiona os limites e os significados da arte, talvez goste desse vídeo aqui.
🖌 E se a arte figurativa (aquela que representa elementos reconhecíveis) já sofre questionamentos, o que dizer da arte abstrata?! Aliás, você sabia que ela pode estar relacionada ao tipo de livro que a Clarice Lispector escrevia? Eu falei sobre isso aqui, lá pelos 5 minutos de vídeo.
🎓 BÔNUS: Para quem domina inglês, fica a dica desse curso aqui. Ele é gratuito, ofertado pela Galeira Nacional de Arte, de NY e vinculado ao Project Zero, de Harvard. A proposta é ensinar o pensamento crítico através da arte. Eu fiz e recomendo DEMAIS.