“eu ainda não tinha liberdade mental para lhe dizer que era mesmo pelos homens e que queria que pegassem nos políticos todos, mais todas as formas de politizar um povo, mais tudo quanto representasse o poder e todos quantos tivessem poder, e os enfiassem fossas abaixo, porque a vida me custava tanto que não era nenhum bem-falante que me havia de aliviar e nunca nenhum deles me pagou uma conta por mínima que fosse. estava farto de retórica. estava completamente farto de retórica”.
{Valter Hugo Mãe, em A máquina de fazer espanhóis}
Já nos roubaram muito, inclusive a alienação hoje em dia.
Que saudade de não saber o nome de um vice-presidente. Nem a composição da Câmara ou suas falcatruas. Que saudade de ser alheio à política, aos poderes todos, de poder fazer de conta que aquelas decisões, tão distantes, tão cheias de palavreados e mesuras, não nos afetariam em nada.
Agora afetam. Afetam demais e todos os dias. Matam, inclusive.
Por isso, nunca este livro do Valter Hugo Mãe foi tão urgente, bem com sua noção sobre o fascismo dos homens bons.
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